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sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Hedonismo e Epicurismo: A busca pela felicidade

Por Aline Q. Brendel

Duas linhas de pensamentos filosóficos do século IV a.C., questionaram a busca do homem pela felicidade. Onde encontramos a felicidade, no prazer ou na virtude?

De acordo com o Hedonismo, o sentido da vida está em encontrar a felicidade no prazer. O homem busca incansavelmente satisfazer as suas vontades, que, normalmente, estão ligadas aos desejos, sejam eles: físicos ou materiais. Ao traçarmos um objetivo temos a sensação de euforia, alegria, entusiasmo, isso nos proporciona prazer. Sendo assim, ficamos felizes quando conseguimos concretizar nossos objetivos. Nesse contexto, a felicidade está imersa no prazer de conquistar desejos e realizar sonhos, sejam esses éticos ou não.

Já o Epicurismo discorda, dizendo que a felicidade está em se tornar um homem virtuoso, com culturas elevadas e espiritualidade conservada. O homem deve ser um seguidor da razão, conviver em harmonia com a natureza e manter um ciclo de amizades. Para esses filósofos, a felicidade está em ser um sujeito culto, com virtudes intelectuais. Nesse sentido, a felicidade só é plena quando nossas virtudes se afloram e tornamo-nos homens de fé, éticos e morais.

Considerando os argumentos dessas correntes filosóficas se estabelece que a felicidade esteja na união dos dois pensamentos. Já que, segundo Sartre, somos condenados a ser livres, e essa liberdade faz com que tenhamos de escolher o tempo todo e, frequentemente, essas escolhas estão interligadas aos nossos desejos. Desejos, que por sua vez, nos remetem à busca do prazer.

Porém a satisfação dessa vontade deve ser coordenada por nossa razão e espírito, e não pelo impulso do corpo. Se isso realmente fosse possível (controlar o corpo com a mente), viveríamos em uma sociedade mais harmoniosa e solidária, já que teríamos os impulsos do corpo e do prazer controlados por nossa razão. Só conseguiremos tornar essa vontade uma realidade quando aprendermos que o mundo não gira em torno de nós, mas que ele segue diariamente o seu curso natural e que estamos aqui presentes apenas por um momento e quando deixarmos de existir, aquilo que construímos de material ficará para trás. Então, nesse sentido, do que adianta buscarmos os nossos desejos compulsivamente se no fim só o que importa é o que fizemos do nosso tempo e não o que tivemos durante nossa existência. Porém, tal esforço humano, deve ser trabalhado e estimulado ao longo da vida e do tempo, para que possamos encontrar a felicidade em todos os momentos do dia e não apenas nos segundos de prazer.

3 comentários:

  1. Hedonismo e Epicurismo, interessante, espero q muitas pessoas se detenham na leitura deste texto. Me identifiquei muito com o mesmo,lutei uma vida para alcançar o prazer de ter certos confortos materiais... Porém sempre com a certeza que na vida tudo deve ter equilíbrio!mantendo o respeito ao próximo, não deixando de lado meus valores éticos e morais. Silvia Souza

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  2. Olá - bom dia...

    Concordo inteiramente numa harmonia entre o epicurismo e o hedonismo.

    Um abraço - artur

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  3. vou fazer um trabalho na faculdade sobre este tema o Hedonismo, vou falar do surgimento do hedonismo e fazer uma comparação com os dias de hoje, porque tem muitas pessoas vivendo no hedonismo e não perceberam ainda, o uso de drogas e uma delas!

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