Disciplina: Filosofia da educação
Professor: Pércio Davies schmitz
Aluna: Sílvia M. O. S. Rodrigues
Uma
grande controvérsia na história antiga
A
primeira grande controvérsia da história da Filosofia Antiga se passa nos
séculos V e VI a.C., entre Heráclito e Parmênides. Nesse período da história a
preocupação dos primeiros filósofos não era diretamente com o homem, mas com o
mundo, o “universo”. A seguinte analogia considera o pensamento filosófico
fundamentado na questão da existência humana, com base na espiritualidade e na
razão , então, Heráclito é mais coerente com estes princípios, que serão
abordados mais tarde.
Para Heráclito o “arché” de todas as
coisas é o fogo, que simboliza a constante mudança (transformação), que ocorre
nas coisas. Para ele o que existe não é propriamente o “Ser”, mas o devir vir a
ser, pois nada é permanente. Segundo ele há no mundo um equilíbrio entre dois
elementos contrários (morte e vida, mal e bem, paz e guerra), justifica que
essas mudanças constantes no mundo não provocam o caos, um desequilíbrio. Heráclito
acredita que todas as coisas são divinas, que tudo é “Deus”.
Contrariando Heráclito, Parmênides
considerado o Pai da Filosofia
Ocidental, primeiro grande metafísico da história a distinguir entre o conhecimento que vem da
razão e o que procede dos sentidos. Afirma que não existe a diversidade, a
multiplicidade, mas apenas o “Ser” que é permanente. Contesta a noção do devir
(vir a ser), segundo ele o “Ser” é eterno, nunca muda, mas ele percebe que há
mudanças, por isso fala em dois mundos, o do “Ser” (que é captado pela razão,
pelo pensamento) e o mundo sensível (captado pelos sentidos) que podem enganar.
Portanto na história da Filosofia Antiga esses dois
filósofos gregos, Heráclito e Parmênides contrapõem suas teorias, contribuindo
para novas reflexões e estudos, pensamentos e questionamentos sobre a existência
do universo. Se as coisas mudam, são ilusões ou permanecem é um paradoxo, pois
as discussões filosóficas também são constantes e mutantes. Considerando que o
caos é presente em todas as coisas materiais, as espirituais estão, por sua
vez instituídas pela percepção dessa desorganização que através de nossos
sentidos nos leva a interferir instintivamente ou intencionalmente para
arranjá-las e mudar nosso modo de perceber as coisas e os fatos de maneira
aceitável , portanto , criamos nossos mitos, deuses e signos para alimentar a
nossa compreensão do viver ( justificar nossa existência, uma forma de
compensação : equilíbrio).
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