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sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Projeto Integrador

Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia
Curso: Pedagogia
Disciplina: Língua Portuguesa
Professora: Jaqueline Cunha

Alunas: Fernanda Santos de Galisteo
Margarete Zuboski de Oliveira
Maria da Graça Rolim Bello
Silvia Maria de Souza Flores



Desde o nascimento do ser humano a oralidade já está presente em todas as suas manifestações de comunicação com o meio, muito antes do surgimento da escrita.
A memória auditiva e visual são os recursos que permitem o armazenamento e a transmissão do conhecimento. Com essas habilidades sendo aprimorada durante o desenvolvimento dos indivíduos e com a inserção da criança na escola o professor pode utilizar a oralidade em diferentes atividades: brincadeiras cantadas, músicas e cantigas de roda, trava-línguas e parlendas, sempre são bem recebidas pelas crianças.
De forma lúdica, elas ampliam as possibilidades de comunicação e expressão e promovem o interesse pelos vários gêneros orais e escritos.
Segundo Zilberman (2006) ”a oralidade é o modo mais notório da relação entre o nome e a coisa, mas a escrita, originalmente, não tem como objetivo romper essa unidade. A oralidade é igualmente expressão mais credenciada da memória, conforme o estudo do narrador, aproximando não apenas as palavras e os seres, mas também as pessoas, falantes e ouvintes.”
Ao levar em conta a oralidade, não devemos esquecer que esta junto com a escrita constrói o pensamento de nossos alunos. Quando nosso aluno fala em voz alta, expressa sua opinião, defende um ponto de vista ele exercita o domínio da linguagem oral.
Desenvolver a oralidade é uma habilidade que nós educadores devemos priorizar desde os primeiros anos de escolaridade. Assim formaremos cidadãos com opinião, capazes de se posicionar em todos os âmbitos de sua vida.

EXPERIMENTOS
Foram desenvolvidas atividades em escolas diferentes apresentando realidades de grupo de alunos com características heterogêneas. Com o objetivo de exercitar a memória através da oralidade
No primeiro momento foi colocada a musica “A casa” de Toquinho para apreciação auditiva dos alunos, sem interferência do professor.
Após apreciação, os alunos cantaram e realizaram movimentos corporais livres de acordo com a música.
Em seguida foi apresentado o texto escrito com a proposta de substituir algumas palavras da música com coerência, buscando na memória acontecimentos ou sentimentos já vivenciados.
Como culminância foi solicitado a leitura das construções textuais para o restante da turma.
Foram momentos onde os alunos trocaram ideias, alegrias e vivências.
A construção textual número 2 foi um trabalho realizado com uma turma de 5º ano, logo após a Viagem às Missões, sonho de um ano inteiro, onde é feito uma série de atividades para arrecadar fundos para que todos os alunos possam participar, uma vez que o custo da viagem é bem alto para os padrões financeiros das famílias. Uma das atividades, é a venda de merenda na Escola.
A troca da letra da música chamou atenção justamente por ter sido um resgate da memória de tudo o que foi vivenciado durante todo o ano.

EXEMPLOS DE CONSTRUÇÕES TEXTUAIS.

1)A CASA
Era uma casa muito pesada
Não tinha amor, não tinha perdão
Ninguém podia entrar nela, não
Porque na casa não tinha alegria
Ninguém podia dormir em paz
Porque na casa não tinha cama
Ninguém podia brincar
Porque boneca não tinha ali
Mas era feita com muito esforço
Na rua dos moços número 1000.
Aluna com 14 anos com deficiência múltipla.

2)A VIAGEM
Era uma viagem muito esperada
Não tinha dinheiro não tinha nada
Ninguém podia viajar
Porque os pais tinham que autorizar
Ninguém ficava sem vender lanche
Porque senão não viajava
Ninguém torcia pra não dar certo
Porque todo mundo queria ir
Mas com ajuda de todos
Conseguimos realizar o sonho
De ir para às Missões.

REFERÊNCIAS
ZILBERMAN, Regina. Memória entre oralidade e escrita. PUCRS Letras de Hoje. Porto Alegre, v. 41, n. 3, p. 117-132, setembro, 2006.

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